Parece que faz anos que você esteve em minha vida, parece que faz anos que te amei. Eu imaginei que seria uma tortura partir, eu imaginei que seria o fim do mundo. Parece que faz anos. As vezes me sinto triste por não me sentir mais triste por você, por nós, por tudo que vivemos - só nós dois sabemos - mas é isso, eu estou bem.
Eu te amei, e como te amei, eu te vivi e te respirei, muitas vezes me troquei por ti, esqueci de mim. Fui muito feliz, apesar de tudo, eu fui muito feliz, sorri como nunca sorri antes, amei como nunca amei antes, mas também chorei e sofri como nunca pensei que seria capaz de sofrer. E por isso, por tudo, eu pensei que ir embora era impossível, viver sem você não era uma opção, era castigo. Mas eu fui, bom, você foi, não teve escolha.
Por uma semana eu não vivi, por uma semana me arrependi, por uma semana todos os cantos de cada cômodo daquela casa me lembravam você. Te quis, te pedi, implorei, chorei, doeu, e como doeu. Te vi de novo, te amei de novo, te quis de novo... E por mais uma semana me arrependi. Cada novo toque era mais um novo dia que eu precisaria para me recompor.
A dor de deixar ir, a dor de desistir, cada reencontro e desencontro. Tentamos até manter contato, mas isso não daria certo, não é mesmo? No final das contas estavam ambos ali, camuflados pelo medo e pela saudade, mas as duas almas que se desencontraram, que se machucaram estavam ali, davam as caras uma vez ou outra.
E então já era. Te vi de novo, me arrepiei, mas não te amei e não te quis. Estou bem, eu aceitei, hoje eu sou quem eu sempre quis ser, hoje eu sou o que antes não podia ser. E de coração, espero que você fique bem, espero que se encontre, espero que não me ame.
Parece que faz anos, mas faz 1 mês.
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