O ano de 2019 está chegando ao fim e comecei a refletir sobre tudo o que vivi ao longo desse ano. Muitas pessoas entraram na minha vida, outras saíram, algumas delas fizeram uma passagem breve de poucas semanas, alguns dias, e até mesmo horas, outras estão presentes até hoje e fizeram morada permanente em mim.
Eu sei que faço parte de alguma história legal (ou não) que alguém tem para contar em alguma rodinha de amigos por ai, assim como existem aqueles e aquelas que fazem parte de lembranças que estarão sempre comigo. Isso não é incrível? Tocar a alma de alguém, ter sua alma tocada, ninguém pode tirar isso de você.
Sinto que esse fluxo de pessoas que vieram e foram, o fluxo de histórias que agora eu também tenho para contar, os momentos que vivi, que compartilhei com quem quer que seja, fazem de mim quem sou hoje e todo dia eu sou alguém novo, de novo. A Eduarda que entrou em 2019 está longe de ser a mesma que vai entrar em 2020 e estou feliz por isso.
Eu comecei o ano me incomodando por não estar onde eu queria estar, por não poder viver o que eu queria viver, e sempre tinha sido assim até então, mas eu permanecia onde estava porque era comôdo e confortável, eu não iria precisar abrir mão de nada e nem de ninguém além de eu mesma e eu conseguia suportar a dor que era abrir mão de minhas vontades, da minha sede de viver, até que um dia que não consegui mais.
Eu decidi ir para onde eu queria ir, viver o que eu sempre quis viver e todas essas experiências me fizeram chegar na pessoa que agora eu sou. E eu não teria feito diferente, eu faria tudo de novo e de novo, porque hoje eu sei que eu não irei mais me diminuir para caber onde estou se onde estou não estiver me servindo mais, hoje eu sei que eu vou sempre partir em busca do que me serve.
Agora eu falo com muita frequência: "Alguns meses atrás eu não era assim", "Alguns meses atrás eu não fazia isso", "Esse ano foi a primeira vez que [...]", e se você me conheceu a partir desse segundo semestre de 2019, provavelmente já deve ter escutado algo parecido de mim. E eu adoro isso.
Eu acredito que o tema para meu ano de 2019 pode ser resumido no trecho de uma música que talvez você que está aqui me lendo conheça: "Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro, ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro", e alguém me apresentou essa música em um momento muito especial, alguém que conheci nesse ano poucos dias depois de eu ter escolhido viver minhas vontades, alguém que hoje faz morada permanente em mim e que eu nunca um dia imaginei conhecer uma pessoa incrível como essa pessoa é.
E é assim que estou fechando esse ano, com muitas pessoas incríveis presentes na minha vida, algumas que já fizeram sua parte e partiram, e posso dizer que estou ansiosa para ver o que acontece agora daqui para frente. E para 2020 eu só tenho um recado: ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro.