O texto de hoje é um desabafo. Um dos inúmeros que ainda existirão aqui.
Eu estudei inglês durante 5 anos da minha vida e hoje tenho um diploma de inglês como segundo idioma. Eu já dei aula particular para conhecidos, já dei aula de reforço na mesma escola na qual estudei e já fui professora de um cursinho preparatório para o ENEM durante 2 anos seguidos. Eu sei que eu sei, simplesmente porque eu não teria feito tudo isso se eu não soubesse.
Eu amo falar em inglês, falo muito sozinha, no banho, olhando para o espelho ou até mesmo nos pensamentos. Eu falo muito bem se eu precisar conversar ou ensinar pessoas próximas, que me conhecem, que eu tenho ou ja tive algum contato por um longo período de tempo.
A situação muda se eu preciso falar com pessoas que eu não conheço, eu simplesmente travo, tudo está na minha mente, e lá fica. Uma corrente de calor percorre meu corpo de uma ponta à outra, meu coração começa a bater tão forte que praticamente consigo ouvir o som das batidas. Começo a suar, e a perder o controle da respiração enquanto falo. Eu tenho medo de errar.
Eu teria que me sentir segura e confiante, pois durante 5 anos seguidos eu estudei a gramática desse idioma e o falava toda santa semana, fiz testes oficiais, fiz centenas de exercícios, inclusive já ensinei outras pessoas. Porém, eu ainda tenho medo de alguma palavra fugir da minha mente enquanto eu estiver falando e eu não conseguir pensar em outra a tempo e ficar aquele silêncio constrangedor, ou um receio de pronunciar algo errado, de falar alguma coisa que não faça o menor sentido e ser motivo de piada.
O famoso medo de não ser perfeita, mas quem é? Eu tenho tentado constantemente manter em mente que não tem problema nenhum, se erramos ao falar e usar a nossa língua materna imagina só como seria com outro idioma? E praticamente sempre que preciso falar eu tento pensar que está tudo bem, o importante é conseguir se comunicar, ninguém sabe de tudo e nunca saberá, eu sei o suficiente e só preciso abrir a boca e falar, mas aquele calor percorre meu corpo de ponta à ponta, novamente.
E parando para pensar essa insegurança acontece em qualquer situação que podemos imaginar. A necessidade de escolher uma profissão durante o ensino médio, em uma entrevista de emprego ou reunião muito importante, dentro dos diversos tipos de relacionamentos e n outras coisas, mas acontece que não somos uma máquina de cumprir metas, de atingir objetivos de vida, somos humanos, somos feitos de sentimentos e sensações.
Eu tinha esse mesmo medo e aquela mesma sensação no corpo ao falar em público, durante apresentações da época da escola (por exemplo) e eu superei depois de fazer incontáveis apresentações ao longo dos anos, cada apresentação nova era um batimento cardíaco mais próximo do normal, até que chegaram os dias em que eu simplesmente sabia como fazer, ia lá e fazia.
Eu tinha esse mesmo medo e aquela mesma sensação no corpo ao falar em público, durante apresentações da época da escola (por exemplo) e eu superei depois de fazer incontáveis apresentações ao longo dos anos, cada apresentação nova era um batimento cardíaco mais próximo do normal, até que chegaram os dias em que eu simplesmente sabia como fazer, ia lá e fazia.
Eu ainda não superei a minha atual situação de falar em inglês com desconhecidos, mas estou tentando e não irei parar de tentar, na verdade já tem melhorado bastante desde que coloquei em palavras essa minha insegurança, só preciso de mais incontáveis oportunidades de praticar, não é mesmo?
O fato é bem claro: não existe ninguém perfeito e erros são necessários para aprender cada vez mais.
2 comentários
tentar enfiar isso na minha mente é difícil pra caralh
ResponderExcluirAos poucos, um pouquinho todo dia, você chega lá.
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